E-commerce: tudo que você precisar saber para abrir o seu

e-commerce

E-commerce, ou comércio eletrônico, se refere às vendas pela internet, mais especificamente, as que são realizadas por uma única empresa, seja um fabricante ou revendedor, por meio de uma plataforma virtual própria.

Você já deve ter percebido um movimento de migração nas relações de compra para o comércio eletrônico através da compra e venda por sites.

No artigo de hoje, nós vamos descobrir tudo sobre a operação, as vantagens, as desvantagens e os pontos de atenção na contabilidade de um e-commerce.

O que é e-commerce?

E-commerce significa electronic commerce, que quer dizer comércio eletrônico na tradução do inglês. Esse termo faz referência às transações comerciais realizadas pela internet, seja através de celular ou computador ou tablet, seja em aplicativos próprios ou lojas digitais em sites.

O e-commerce oferece inúmeras vantagens a lojistas e consumidores, mas é preciso entender afundo esse modelo de negócio.

Nesse modelo a loja vende seus próprios produtos em uma loja virtual ou marketplaces ou aplicativos, ou seja, produtos que estão em seu estoque e são de sua responsabilidade, independente das marcas oferecidas. E muitas pessoas acabam confundindo e-commerce com marketplace e dropshipping, sendo que são coisas diferentes.

Qual a diferença entre marketplace e e-commerce?

O marketplace é um espaço virtual onde se faz comércio eletrônico. Mal comparando, é como se fosse um shopping center online e os expositores desse site são as lojas virtuais (e-commerces) que expõem os seus produtos.

Existem marketplaces como Mercado Livre, que anunciam todo tipo de produto, mas também existem marketplaces, como o Elo7, que é focado em artesanato.

As principais vantagens do marketplace são:

  • Alta visibilidade: geralmente os marketplaces possuem milhões de acessos por mês.
  • Abrangência geográfica: o lojista tem a possibilidade de divulgar a marca para clientes de todo o país.
  • Portfólio variado: as lojas podem trabalhar com as mais variadas categorias de produtos.
  • Facilidade tecnológica: em troca do pagamento de uma comissão pelas vendas, o lojista pode aproveitar a estrutura tecnológica já pronta dos marketplaces.

Qual a diferença entre dropshipping e e-commerce?

O dropshipping, como já escrevemos nesse artigo, é um modelo de gestão do e-commerce, no qual o lojista digital expõe produtos que ele não possui em seu estoque e a responsabilidade pela entrega é do fornecedor daquele determinado produto.

Sendo assim, um e-commerce, que pratica dropshipping ou não, pode utilizar o espaço do marketplace para anunciar seus produtos.

Quais os segmentos de e-commerce que existem?

São muitos os segmentos de e-commerce. Se você pode anunciar, você pode vender. Mas os mais comuns são:

  • E-commerce de alimentação: nesse segmento podemos citar as lojas de temperos e especiarias, produtos veganos e vegetarianos, produtos naturais e orgânicos, loja de bebidas e adegas online, empório online, marmitas e comidas congeladas.
  • E-commerce de moda: nesse segmento podemos citar as lojas de roupas personalizadas, moda geek e moda religiosa, calçados, óticas, acessórios diversos e moda praia.
  • E-commerce esportivo: nesse segmento podemos citar as lojas de surfshop ou skateshop, artigos de yoga e pilates, equipamentos esportivos, lojas especializadas, artigos esportivos em geral.
  • E-commerce de tecnologia: nesse segmento podemos citar as lojas de eletrônicos em geral, artigos importados, acessórios para celular e artigos de informática.
  • E-commerce do mercado geek: nesse segmento podemos citar as lojas de livros, artigos colecionáveis, artigos de filmes, games, jogos de tabuleiro, brinquedos, moda geek.
  • E-commerce de cosmético: nesse segmento podemos citar as lojas de artigos dermatológicos, artigos importados, revendedores de cosméticos, perfumes e maquiagem.
  • E-commerce de tabacaria: nesse segmento podemos citar as lojas de artigos de tabacaria.
  • E-commerce automotivo: acessórios para motocicletas, peças automotivas, artigos de customização e acessórios automotivos.

Posso ter uma sede virtual para o meu e-commerce?

Não. Um e-commerce não pode ter uma sede virtual. A sede do e-commerce precisa obrigatoriamente ser onde existe o estoque real da loja.

O endereço da loja, que vai constar no CNPJ, será conhecido como domicílio fiscal, ou seja, será o endereço que a Receita Federal, a Secretaria da Fazenda do seu Estado e a Prefeitura Municipal te encontrarão para notificações, fiscalizações e quaisquer outras situações relacionadas a sua empresa que for necessária.

Por exemplo: se você está iniciando a sua loja e ela vai funcionar na sua casa, esse deve ser o endereço dela.

Posso abrir meu e-commerce em casa?

Não, mas na prática não é o que acontece. Se a atividade for comercial, é muito improvável que o endereço para abertura da empresa possa ser o endereço residencial. Cada Estado e Munícipio tem suas regras específicas, regras de condomínios, entre tantos outros detalhes, porém o mais provável é que não seja possível atuar dessa maneira pois seria necessária uma inscrição estadual para habilitar-se para emitir notas fiscais.

Mas muitas das vezes, os empresários optam pela legalização do endereço como ponto de referência e isso implica em não exercer a atividade naquele endereço, muitas das vezes a legalização é feita dessa forma para que se consiga finalizar a legalização da empresa e ter um endereço fiscal e o número do CNPJ da empresa, mas basta observar o alvará da empresa, que com certeza terá um aviso de que é vedada a circulação de mercadoria no local. Nesse caso é possível abrir uma filial em local comercial e deixar a matriz como escritório administrativo.

Quais os tipos de estoque no e-commerce?

Um dos maiores desafios para quem abre um e-commerce, além da estratégia de marketing e atendimento ao cliente, é o controle de estoque. Por isso muitos adotam como estratégia praticar o dropshipping, mas essa técnica pode reduzir sua margem de lucro.

Entre os tipos de estoque no e-commerce, podemos citar:

  • Estoque físico próprio: é o estoque da própria loja que você possui a pronta entrega.
  • Estoque compartilhado: geralmente é o estoque fica dividido entre a operação da loja física e da loja online.
  • Estoque descentralizado: é o estoque fica armazenado em diversos centros de distribuição espalhados pelo país, facilitando a decisão de compra pelo cliente, uma vez que o frete acaba sendo mais barato.
  • Estoque terceirizado: é o estoque sob demanda, que fica na responsabilidade do fornecedor.
  • Estoque consignado: é o estoque que fica consignado na loja até ser vendido. Dessa forma o lojista paga apenas pelo estoque vendido.
  • Estoque cross docking: é o estoque terceirizado para envio e o breve armazenamento de produtos para uma central de distribuição, que, de forma ágil e organizada, encaminha os itens aos clientes.

Quais os tipos de e-commerce?

Agora que você já entende um pouco mais sobre o comércio eletrônico, vamos entender um pouco sobre os tipos de e-commerce:

  • B2B (Business to Business): é relacionado ao comércio entre empresas. São as marcas que possuem como clientes outras marcas. Esse modelo costuma englobar produtos como matéria-prima, peças de automóveis, maquinários equipamentos e papelaria. Nesse modelo existem certas especificidades, como público-alvo restrito, transações com maior volume financeiro e processo de compra mais complexo e burocrático.
  • B2C (Business to Consumer): é relacionamento ao comércio entre empresas e consumidores finais, é o modelo mais tradicional. Nesse modelo existem certas especificidades, como público-alvo amplo e ticket-médio mais baixo. O processo de compra, na maioria das vezes, é por impulso.
  • C2C (Consumer to Consumer): é relacionamento ao comércio entre consumidores finais. É um tipo de comércio mais informal, uma vez que pode ocorrer por fórum, grupos, comunidades e redes sociais, mas também existem sites que intermediam esse tipo de relação, como o Mercado Livre e o Enjoei. Nesse modelo o público-alvo é amplo e ticket-médio geralmente é bem baixo.
  • D2C (Direct to Consumer): é relacionamento ao comércio entre fabricantes e consumidores finais. Por meio desta modalidade o consumidor consegue adquire direto do fabricante por um preço mais acessível. É um tipo de comércio que ainda está ganhando visibilidade e foi onde surgiu o termo “preço de fábrica”. O MadeiraMadeira é um excelente exemplo desse tipo de negócio, quase todos os produtos vendidos em seu e-commerce são de produção própria.

Quais os canais de venda do e-commerce?

O canal de venda é o meio pelo qual uma empresa vende para os seus consumidores. Para o e-commerce, que já é nativamente digital, podemos citar como canais de venda:

  • Loja virtual: as vendas ocorrem através de um site. É preciso gerenciar marketing e venda.
  • Marketplace: as vendas ocorrem em outro site, que cobra comissão, em troca de fazer a venda.
  • Social commerce: as vendas ocorrem por meio de redes socias como Instagram ou Facebook, por exemplo.
  • Aplicativos: as vendas ocorrem por meio de aplicativos, que cobram comissão, em troca de fazer a venda.

Qual diferença de loja virtual para e-commerce?

A loja virtual é um canal de venda para o e-commerce. O e-commerce em si é uma modalidade de negócio, uma forma de gestão. Conforme citamos no início do artigo.

Posso ter uma loja virtual e uma loja física?

Sim. A estratégia varia de acordo com cada negócio. A Reserva, por exemplo, nasceu como uma loja física e utiliza a loja virtual (e-commerce) como um canal de venda. Isso acaba trazendo alguns benefícios como:

  • Centralização: o lojista tem total controle sobre o processo de venda, desde a definição do layout do site até o atendimento ao consumidor final.
  • Autonomia: a loja tem liberdade de personalizar o site de acordo com a sua estratégia de marketing e branding.
  • Gestão da marca: essa é uma boa estratégia para tornar a marca mais conhecida e estreitar a relação com o público.
  • Destaque: por ser um espaço próprio, o consumidor estará focado nos seus produtos.

Posso vender em um marketplace sem ter loja virtual?

Sim. Como citado acima, a estratégia varia de acordo com cada negócio. Sendo possível anunciar direto em um ou mais marketplaces os seus produtos, mesmo que você não tenha uma loja virtual.

Posso vender em um aplicativo sem ter loja virtual?

Sim. Como citado acima, a estratégia varia de acordo com cada negócio. Sendo possível anunciar direto em aplicativos especializados, como ocorre com o iFood ou o Goomer.

Como operacionalizar o e-commerce?

São muitas as frentes, certo? Mas existem sistemas de gestão (ERP) voltados para micro e pequenos empresários que ajudam a operacionalizar toda a gestão do seu negócio, como é o caso do Bling. E geralmente os sistemas de gestão também te ajudam a formalizar a loja virtual e conectar sua empresa aos maiores marketplaces que existem no mercado nacional.

Devo emitir nota fiscal ou enviar declaração de conteúdo?

Se você tem um negócio formalizado você deve emitir nota fiscal, a não ser que você esteja formalizado como MEI e esteja vendendo para consumidor final (pessoa física). Nesse caso você pode utilizar a declaração de conteúdo.

Como funciona a contabilidade de um e-commerce?

Antes de mais nada é necessário ter a empresa legalizada para ter seu e-commerce regularizado e para isso você precisa se preparar e escolher o tipo societário certo para o seu negócio.

Se você está apenas começando e pretende vender menos do que R$ 120 mil ao ano, talvez a escola por se formalizar como MEI seja a melhor opção.

A escolha do regime tributário é outro ponto crucial e você pode entender um pouco mais sobre os regimes tributários lendo esse artigo nosso.

E ter um contador que entenda da sua atividade e fale a mesma linguagem que você facilitará muito o dia a dia da sua operação, principalmente para poder entender sobre PIS, COFINS e ICMS dos produtos que serão vendidos. Lembrando que a classificação errada ou a emissão errada de uma nota fiscal pode ocasionar no pagamento indevido de impostos.

Outro ponto de atenção na contabilidade de um e-commerce é a geração da GNRE, que fica de responsabilidade do lojista, uma vez que essa guia precisa ser enviada com o seu devido recolhimento junto com a nota fiscal do produto.

Se você gostou desse conteúdo e deseja aprender mais, basta dar um clique aqui para acessar o nosso blog. Até mais!

Sobre a Express CTB

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